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Ciro Gomes sofre emboscada de militantes de Lula – O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) sofreu uma emboscada de militantes com camisas do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na saída do ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro ocorrido na Avenida Paulista neste sábado (02), em São Paulo.
Seguranças e militantes trabalhistas, especialmente membros da Juventude Socialista do PDT de São Paulo, impediram que a empreitada criminosa tivesse êxito.
Ao perceberem a movimentação suspeita, jovens militantes ligados ao PDT, mesmo em menor número, agiram para isolar e proteger Ciro Gomes e a esposa Giselle Bezerra, ao lado de Antonio Neto, presidente do PDT da capital paulistana que também foi atacado ao mesmo tempo em que se colocava como ‘escudo’ para proteger as lideranças nacionais do partido.
Em seguida, militantes da JS chegaram e enfrentaram os agressores, protegendo o carro em que entrou o ex-ministro do governo Lula e evitando o que suspeita-se ter sido planejado como tentativa de linchamento.
Garrafas e pedras
Relatos feitos por manifestantes que presenciaram as cenas de barbárie apontam que estavam reunidos esperando a passagem de Ciro em um rua adjacente à Paulista.
Além de socos e pontapés, garrafas de vidro e pedras foram atiradas em direção aos pedetistas e ao carro em que o presidenciável conseguiu entrar enquanto se esquivava das tentativas de agressão.
Há relatos não confirmados de que o grupo de apoiadores de Lula (PT) também tentou agredir a esposa do ex-ministro, Giselle Bezerra, que o acompanhou no ato.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deixava o ato junto ao presidenciável do partido que preside e também foi alvo da ‘arapuca’.
Repúdio coletivo e agressões de militantes do PCO
O clima entre os manifestantes que presenciaram a cena grotesca era de revolta, repúdio e indignação.
Na sua fala no carro de som, minutos antes da emboscada, Ciro Gomes foi vaiado e xingado por militantes do PCO, que chegaram a atirar objetos em direção ao palco em que o pedetista discursava.
Como resposta, Ciro encerrou seu discurso dizendo que não seria intimidado por ‘fascistas de vermelho ou de verde e amarelo’.
Emboscada ‘fascista’
Ironicamente, o ex-governador do Ceará sofreu uma tentativa de emboscada poucos minutos depois.
Emboscadas, linchamentos e agressões à adversários sempre foram marcas registradas do fascismo.
Os grupos radicais de suporte e idolatria à figuras como Adolph Hitler e Benito Mussolini utilizaram a tática considerada antidemocrática e autoritária – além de criminosa – por inúmeras vezes durante a ascensão e chegada ao poder dos dois ditadores, na Alemanha e na Itália, nas décadas de 30 e 40 do século passado.
Por Thiago Manga
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