Mia Khalifa ‘aparece’ na CPI – A ex-atriz pornô Mia Khalifa postou em seu perfil no Twitter nesta quarta-feira (09) uma montagem em que aparece como convidada da CPI da Covid no Senado. “Uma mulher do povo”, escreveu.

Mia foi citada na terça-feira (08) em uma provocação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao colega Luis Carlos Heinze (PP-RS).

A woman of the people https://t.co/IJjhHE8cLE pic.twitter.com/Xp4GTJpMKK

— Mia K. (@miakhalifa) June 9, 2021

O senador Heinze, que apoia o governo na comissão, disse na reunião de 25 de maio que uma pesquisa publicada pela revista Lancet, que comprovava a ineficácia da cloroquina como tratamento de covid-19 e foi posteriormente retratada, havia sido encomendada por uma empresa de uma atriz pornô.

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“Pesquisadores começaram a investigar e descobriram que a gerente de vendas da Surgisphere era –pasmem, senhoras deputadas que estão aqui, senhores senadores!–; a gerente de vendas da Surgisphere era uma atriz pornô. Uma atriz pornô. Nada contra ela. E a diretora científica era uma escritora de ficção científica. Não era uma grande entidade médica que contratou a pesquisa, senador Marcos Rogério. Esse é o absurdo.”, disse o senador na ocasião.

Na internet, a fala foi relacionada a uma notícia falsa que defendia o uso da cloroquina como o tratamento para covid e citava uma médica “prodígio” do Brasil, mas a foto era da ex-atriz Mia Khalifa. Na época ela comentou o caso em seu perfil no Twitter:

Ummm I don’t know who needs to hear this (Brazil), but I’m not a doctor, so don’t take medical advise from fake memes of me you found on WhatsApp… tchau♥️

— Mia K. (@miakhalifa) May 26, 2021

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Heinze comentou em 1º de junho: “Agora eu pergunto: quem pagou essa pesquisa, Senador Omar Aziz? Foi um escritório lá de uma moça – nem citei o nome dela outro dia e aí já saiu no Twitter que eu tinha citado o nome de uma atriz pornô. Não citei o nome da atriz pornô, só citei que era uma empresa de uma atriz pornô”.

Em 8 de junho, Randolfe Rodrigues provocou Heinze com o caso dizendo que a atriz deveria ser convocada à CPI: “O Senador Heinze, aqui, várias vezes, tem prestado alguns dados importantes a esta CPI, não é? Já informou aqui, por exemplo, que houve a aprovação do Parlamento italiano sobre o uso de hidroxicloroquina, que teve greve pelo tratamento precoce na Grã-Bretanha e que, parece-me, a Mia Khalifa deveria, talvez, vir a esta CPI”.

Depois da piada, Mia Khalifa voltou ao Twitter nesta quarta-feira (09) para brincar com o meme criado. Levantamento baseado nas notas taquigráficas das reuniões da CPI até agora apontam que o nome da atriz nunca foi citado por Heinze diretamente. A primeira citação foi de Randolfe. Heinze, entretanto, falou de uma atriz pornô em 3 oportunidades na CPI.

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Mia Khalifa também já fez postagens brincando com a situação de calamidade enfrentada no Brasil perante à pandemia. Em uma delas, compartilhou uma foto com a legenda “Aquela sensação depois de curar a covid no Brasil”.

That feeling after you cure covid in Brazil https://t.co/UoyJH2kirv

— Mia K. (@miakhalifa) May 26, 2021

SAIBA COMO MIA KHALIFA ENTROU NA CPI

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) defende o chamado tratamento precoce contra a covid-19 e citou 3 vezes na CPI que um estudo contrário ao uso da cloroquina nesses casos e foi retratado teria sido financiado por uma empresa de uma atriz pornô.

Na internet, o caso foi relacionado a uma mensagem compartilhada entre apoiadores do governo que cita uma médica brasileira estudando a eficácia do remédio.

O estudo referenciado pelo senador realmente foi despublicado depois que os autores admitiram falhas na elaboração. A revista científica The Lancet publicou em 4 de junho uma nota de retratação dos autores do estudo publicado sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. O artigo foi retirado do ar.

O estudo havia concluído que as substâncias não só não apresentam benefícios no tratamento da covid-19 como também podem aumentar o risco de morte em 34%, e quando associados a antibióticos – como a azitromicina– a porcentagem sobe para 45%.

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A Surgisphere, empresa citada por Heinze, de fato é uma das financiadoras do estudo que foi retratado pela revista. Segundo uma investigação do jornal inglês The Guardian, a empresa norte-americana teria um funcionário escritor de ficção científica e outra envolvida na indústria pornográfica. A empresa fornecia dados para as pesquisas.

Fonte: Poder360

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